24 de jun. de 2010

Por favor, largue essa banana!


Uma antiga tribo africana utiliza um método bastante curioso para capturar os espertos macacos que vivem nos galhos mais altos das árvores. O sistema é o seguinte: os nativos pegam um recipiente de boa estreita, colocam uma banana dentro, amarram-no ao tronco de uma árvore e se afastam.
Quando saem, um macaco curioso desce, olha dentro da cabaça e vê a banana. Então enfia a mão e apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita ele não consegue tirar a banana. Surge o dilema: se larga a banana, sua mão sairá e ele poderá ir embora livremente; caso contrário, continuará preso na armadilha.
Após algum tempo, os nativos voltam e capturam sem dificuldade os macacos teimosos que se recusam a largar as banana. O final é trágico, pois eles são caçados para serem comidos.
Você deve achar absurdo o grau de estupidez desses macacos; afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela. Fácil demais, não é?
O problema deve estar no valor exagerado que o macaco atribui à sua conquista. A banana já está ali, na sua mão. Parece ser uma insanidade largá-la e ir embora.
Achei a história reveladora, porque muitas vezes fazemos exatamente como esses macacos. Ou você não conhece ninguém que está insatisfeito com o emprego, mas permanece lá, mesmo sabendo que está cultivando um infarto? Ou casais com relacionamentos completamente deteriorados que insistem em ficar sofrendo? Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas que continuam adiando um novo caminho que trará de volta a alegria de viver? Somos ou não como os macacos?
A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana que, apesar de estar em nossa mão, pode nos levar direto à panela.

(O livro da bruxa)

Tirei este pedaço do livro para que seja funcional...

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