24 de jul. de 2008

Seus olhos


Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, — mais doce que o nauta
De noite cantando, — mais doce que a frauta
Quebrando a solidão.

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.

São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; — causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.
(...)
(Goncalves Dias)

3 comentários:

Filipe Macedo disse...

....com essa poesia que descreve os olhos...tocou meu coração! Muito lindo...Obrigado...Beijos..Bons ventos...sempre

Clara disse...

Uauuuuuuuuu

Adriano Veríssimo disse...

Huuuummmmmmm...
rs